Esta foi a última vez que o atual A.C. Proto da equipa de Mário Andrade correu em Fronteira. Depois do Renault Clio e deste protótipo terem contribuído para o recorde de oito vitórias da equipa luso-francesa, chegou a vez de desenvolver um novo modelo.
A evolução do A.C. Proto que correu este ano já está a nascer: “Como o próprio nome indica, é uma evolução dos modelos anteriores”, explica Mário Andrade, piloto, empresário e um dos nomes incontornáveis da história das 24 Horas TT de Fronteira. “O carro vai ter uma carroçaria específica e ao nível do chassis, que continua a ser feito pelo Moncet, vamos colocar apenas um amortecedor por roda, grande, em vez dos dois que utilizámos nestes carros.”
De resto, as transmissões continuam a ser oriundas da Sadev, “porque a qualidade está mais do que comprovada”, adianta Mário Andrade, confessando que em termos de motorização, haverá uma novidade: “Vamos colocar um novo V6 de 3500cc da Nissan comprado nos Estados Unidos da América.”
No global, o novo A.C. Proto será um carro mais confortável e preparado para receber pilotos mais altos e outros mais baixos, sem as dificuldades que o carro usado até agora colocou a alguns dos intervenientes… “Um batia com a cabeça no arco de segurança e outro tinha de ver a estrada por entre o volante!”.
A primeira prova do novo A.C. Proto poderá acontecer na Córsega, a confirmar-se a estreia de uma corrida de 24 horas na ilha francesa em 2023. Mas certo mesmo é o regresso a Portugal para a 25.ª edição das 24 Horas TT de Fronteira: “Este circuito é magnífico. Todos os pilotos franceses adoram Fronteira e a organização é muito boa, por isso não queremos faltar. Este é, decididamente, o meu jardim!”, referiu Mário Andrade, que agora deixa no filho, Alexandre, a responsabilidade de liderar a formação de pilotos.
Desta vez, a equipa não foi feliz pois foi obrigada a desistir com problemas de motor. O carro atual vai ser totalmente reparado para ficar em condições de poder ser alugado pela equipa Andrade no próximo ano.