A presença de uma Renault 4 L, quase original, nas 24 Horas de Fronteira é um dos muitos exemplos do espírito que traz tantos concorrentes a esta prova de Resistência.
Esta foi a quinta vez que o carro preparado nas Caldas da Rainha, na garagem de Samuel Lima, esteve à partida da prova organizada pelo ACP. Um orgulho para este mecânico de profissão, que nos intervalos dos trabalhos noutros carros, construíu a sua 4 L de corrida e que este ano teve o prazer de contar com a filha, Débora Lima sentada no banco do lado direito.
“Já há algum tempo que eu gostava de experimentar ir dentro do carro e desta vez consegui”, conta Débora Lima. “O meu pai pôs um banco ao lado e assim sempre fiz lhe fiz companhia, a ele e aos outros pilotos… pelo menos enquanto o corpo aguentou tantos solavancos”, brincou.
Cada turno da 4 L durava três a quatro voltas, muito mais tempo de condução do que acontecerá no próximo ano, quando a equipa se aventurar noutro desafio: fazer a Rampa da Foz do Arelho. Aí, talvez com outro nível de preparação, porque já não serão necessárias as suspensões reforçadas que recebeu este ano para enfrentar a dureza dos mais de 16 quilómetros do Terródromo de Fronteira. Até lá fica a satisfação de terem terminado, uma vez mais, as 24 Horas TT. Porque em Fronteira, mais do que em qualquer outra corrida, devagar se vai longe!