O Citroën inscrito por Manuel Barreto já se tornou um clássico em Fronteira: foi a sétima vez que alinhou à partida das 24 Horas TT e pela sétima vez chegou ao fim!
A presença do pequeno AX com apenas duas rodas motrizes, no meio de carros tão potentes e tecnicamente muito mais evoluídos, é vista como uma grande aventura. Primeiro, para a equipa de quatro pilotos, que passa boa parte do tempo de condução a olhar pelo espelho para deixar passar os mais rápidos; e depois, a aventura estende-se também à equipa de mecânicos, que, por exemplo, antes da partida ainda andavam de máquina de soldar em punho, para “acabar uns pequenos reforços”…
Mas o espírito com que todos os anos encaram esta prova sente-se intensamente, como que uma extensão da oficina de Óbidos onde o carro que antigamente andava pelo Autocross foi todo refeito. Sobretudo ao nível da suspensão, que recebeu molas e amortecedores maiores, e reforços de carroçaria, porque em tudo o resto está praticamente de origem. Desde o motor 1400cc às transmissões… “porque é assim que ele resiste para chegar ao fim.”
E pelos vistos, sem grandes sustos, até na passagem das ribeiras cheias de água. Apesar de ter apenas duas rodas motrizes, o AX repleto de patrocinadores, que mais não são do que um grupo de amigos que contribui para a participação da equipa, ultrapassa os obstáculos “sempre a fundo!” No final, a consolação é grande: “ficamos sempre em 1º... mas da classe”.