São mais de seis dezenas de elementos que dispõem de 45 viaturas. A equipa está devidamente organizada e distribuída pelo circuito e em permanente contacto com a direção de prova. Luís Marcão e Ricardo Brito fazem parte da estrutura que contribui para que as AFN 24 Horas TT Vila de Fronteira decorram sempre com total segurança, seja para pilotos, elementos das equipas e espectadores.
No final da primeira metade da prova, estes dois elementos pararam na linha das boxes para nova volta ao Terródromo de Fronteira. O carro leva mais gente. Não para contribuirem para o trabalho que a equipa de segurança desenvolve durante os vários dias em que a prova decorre - além da corrida ainda há sessões de treinos livres e cronometrados na sexta-feira - mas para perceber como é a grande maratona de TT para estas pessoas.
“A nossa maior preocupação é garantir que toda a gente está em segurança. Pilotos, espectadores, todas as pessoas que participam nesta grande festa do todo-o-terreno”, explica Luís Marcão, o coordenador, no terreno, das mais de 60 pessoas que fazem parte deste grupo.
O trabalho começa muito antes dos carros rodarem nos 16 quilómetros do percurso. É preciso fazer marcações, avaliar potenciais situações de risco e fazer as alterações necessárias. Foi isso que aconteceu em 2018, em particular numa zona do Terródromo, junto a uma das ribeiras. “O objetivo foi aumentar a segurança naquele setor”, realça, sem perder interesse competitivo e perder ao nível do espetáculo.
Nos preparativos, a equipa, mais reduzida, divide-se em duas. “Uma marca, a outra reforça o que está feito”, sublinha Luís Marcão. Concluídas essas tarefas, é preciso estar sempre alerta e em comunicação para que a capacidade de resposta seja alta. Este grupo é constituído maioritariamente por voluntários que, em situação de corrida passam a maioria do tempo a dar assistência e a rebocar viaturas de competição que tiveram problemas.
Por vezes, e apesar de não estar em competição, também as equipas de segurança precisam de assistência. Mas Luís Marcão, totalista nas AFN 24 Horas TT Vila de Fronteira, nunca teve a necessidade de solicitar esse apoio.
Sem fazerem contas aos quilómetros percorridos, o vai e vem destes elementos é constante, principalmente com o decorrer da corrida, pois a necessidade de apoio por parte dos concorrentes aumenta. Apesar de não haver uma estatística certa, não restam dúvidas que a distância cumprida pelos fiéis da segurança daria para várias voltas ao Terródromo de Fronteira.