Foi de forma irrepreensível que o AC Nissan Proto 22 de Alexandre Andrade, Cédric Duple, Yann Morize e Alexandre Beaujon arrecadou a vitória na 21ª edição das AFN 24 Horas de Vila de Fronteira. A equipa luso francesa esteve 21 das 24 horas de corrida na frente da classificação geral e concluiu a participação em 2018 com cinco voltas de vantagem sobre a segunda classificada, a estrutura de Igor Skoks, Rudolfs Skoks e Arvis Pikis que, em Mitsubishi Pajero, não conseguiu repetir o triunfo do ano passado.
No último lugar do pódio ficou o Fouquet BV4 Proto de Gilles Billaut, Philippe Boutron, Antoine Galland e Gonzalez Richard a nove voltas dos vencedores. O protótipo gaulês foi o último a integrar a elite que fica consagrada como a mais bem sucedida da presente edição da mítica maratona alentejana.
“Foi uma corrida perfeita. Não tivemos problemas mecânicos. Andámos com um ritmo superior aos outros e funcionou. No final, estamos aqui em primeiro. Estar mais de 20 horas na frente é muito bom porque é mais fácil de gerir a prova”, explicou Alexandre Andrade antes da cerimónia de pódio que consagrou todos os que completaram esta grande maratona de resistência.
Numa prova marcada pelo tempo seco, o AC Nissan Proto cumpriu 119 voltas ao Terródromo de Fronteira. Foram 1892,1 quilómetros em 24 horas de corrida. Com um ritmo elevado, mas não tão alto como em anos anteriores “para proteger a mecânica”, justificou Alexandre Andrade, o carro desenvolvido pela estrutura luso-francesa não teve qualquer problema ao longo de um dia inteiro de competição. Uma demonstração clara de que a estratégia resultou, principalmente face ao época anterior quando a viatura cedeu a meia hora do final.
Também muito consistente esteve o Mitsubishi Pajero que veio, mais uma vez, da Letónia para correr nesta festa do TT organizada pelo ACP Motorsport. A equipa do Leste da Europa partiu mais atrasada. Saiu do 13º posto mas começou cedo a recuperação. Subiu na classificação e, ao fim de seis horas, já estava nos lugares do pódio. A partir daí, manteve a toada que já caracteriza os três pilotos e lhes valeu nova subida ao pódio (terceira vez na carreira de ambos).
Quem voltou aos lugares de pódio foram Gilles Billaut e Philippe Boutron. Os dois pilotos, acompanhados por Antoine Galland e Gonzalez Richard, não sabiam o que era esta sensação desde 2012. Para repetirem o feito, tiveram de superar algumas dificuldades iniciais. Só ao fim de seis horas de corrida conseguiram entrar no top-20. A ascensão aos dez primeiros aconteceu à décima hora e a conquista do terceiro posto final passou a ser uma realidade já depois de 19 horas, ou seja, na entrada para a fase final desta edição.
De volta ao Terródromo de Fronteira, o quarteto italiano constituído por Michele De Nora, Carlo Cinotto, Paolo Bachella e Michele Cinotto (Mini All4 Racing) não conseguiu repetir o pódio de 2017. A equipa andou sempre muito inconstante e o quarto posto não deixa de ser um resultado positivo para uma estrutura que andou a rodar fora dos dez primeiros durante várias horas.
Na quinta posição terminou o MMP Rally Raid dos antigos campeões nacionais Filipe Campos e Ricardo Porém. A equipa, constituída também por Alexandre Ré e Victor Conceição, foi a melhor formação totalmente portuguesa. Ficou a 12 voltas dos vencedores.